terça-feira, 6 de maio de 2025

ROTA VICENTINA "RH25"

Boas companheiros/as do Pedal!

Sei que à muito não venho aqui, é mesmo por falta de matéria.

Confesso que ando muito distante do que fiz no passado, tenho imensas saudades de organizar algo mais longo.

Este ano ainda hei-de fazer a Geira Romana e Areeiros⬅️ com passagem em Santiago de Compostela, mas o destino final, será o Porto. O regresso será pela Variante espiritual⬅️ e o Caminho da Costa⬅️ no sentido

Era para ser já em Junho, mas infelizmente foi cancelado por um acidente do meu companheiro de viagem, infelizmente foi grave, mas está a recuperar na Graça de Deus!

Apenas irei adiar por uns meses, vou deixar passar o calor e depois vou.

Bem, voltando ao título desta crónica!

" Em 2018 tentei fazer o Caminho Histórico, mas infelizmente, comecei a sentir uma dor forte na perna direita. 

Fotos RH2018 ⬅️

Quando cheguei à Albufeira da barragem de Campilhas, vim-me Grego para chegar ao Cercal.

E ao chegar, com muitas dores e sem saber que tinha o ligamento direito inflamado, acabei por desistir e até hoje, nunca mais tentei repetir este Caminho. "

Fazendo uma pequena descrição deste percurso em relação ao dos Pescadores (versão bicicleta), porque quase todos os caminhos que há por aí, são pedestres "incluindo este", e nós bttistas 😜, adaptamos para o pedal!

A versão Pescadores* pedestre, como o Caminho Histórico#⬅️, começa em Santiago do Cacém.

Quem  vem de Lisboa,  terá de apanhar o comboio Fertagus até Setúbal, depois o Ferryboat até Troia, e depois é dar às pernas até Santiago do Cacém😜💪

E a partir daí, é à escolha do freguês;
Estrada é a opção mais rápida, mas mais perigosa, há inconscientes ao Volante!  

Outra opção é seguir o track,* diversos trilhos.

Infelizmente há sempre ponto de ligação com a estrada, mas sem dúvida que, é bem mais seguro e interessante, por vezes há encontros de 2ºGrau, animais selvagens, para adoçar o coração e a alma, para quem adora o contacto com a natureza no seu estado mais puro.

Chegando a Santiago do Cacém é só escolher para onde ir;


Seguindo o percurso dos Pescadores [*], vai-se pela parte industrial, seguindo para Porto Côvo, indo mais pelo litoral. 


E o Caminho Histórico [#] passa ao lado do Castelo seguindo para o Cercal, Odemira e São Teotónio e depois irá unir o Percurso com o dos Pescadores em Odeceixe.

Links das duas versões:

Uma das razões de não ir já fazer a Geira, é o valor dos locais para pernoitar, tudo acima dos 30€, acho um balúrdio e o calor que se irá sentir. Deviam de fazer preços muito mais acessíveis para os peregrinos. 

Pensei em acampar, será uma boa alternativa, mas será mais peso!

Como tenho alguns amigos e conhecidos que viajam de bicicleta e o fazem, pedi algumas dicas.  

E nesta viagem vou acampar, mas primeiro em parques de campismos e depois numa outra ocasião experimentar algo selvagem, sair completamente da minha zona de conforto e fazer.

Confesso que não quero ir carregado como uma mula, levar só o essencial.

Quero fazer uma viagem confortável e curtir ao máximo, mas se tiver de dar um ou outro saltinho dou e se for com muita carga, ainda dou cabo da bicicleta e e no meio do nada, não convém.

Inicialmente queria fazer o Caminho Histórico na íntegra com o track que tenho, mas fui obrigado a alterar devido ao local de pernoita do primeiro dia, se fosse para o Cercal, teria de fazer campismo selvagem, e até o local que escolhi tem bastante água para tomar banho, mas lá está, a inexperiência fez com que recuasse e que fosse à procura dum alojamento em conta, mesmo que tivesse de fazer alterações à minha ideia inicial da viagem.

Então irei fazer o que ainda não fiz Caminho Histórico - Cercal/Odemira/São Teotónio mas vou com tempo e quero conforto, mesmo que seja o mínimo, não sou muito exigente.

A tenda irei levá-la no suporte de alforge na traseira da bicicleta, dividir o mal pelas aldeias, água vai em dois bidons e ferramenta, para fácil acesso no quadro. 

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O resto da bagagem irá nesta mochila de 30L, 
vou tentar só levar o essencial!
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 EM MODO TESTE ( S )
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LISTAGEM (DOR DE COSTAS)

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Até lá, muito treino para que a viagem corra bem e confortável! 

Irei escrever cada etapa no fim desta (...)

Clicar nos links ⬅️😉

Até já 😜💪

sábado, 26 de março de 2022

GEIRA ADIADA

Boas companheiros/as do Pedal

Isto está-se a tornar um mau hábito, só muito raramente é que cá venho, mas confesso que tem sido por falta de material.

Esta porcaria da pandemia também me apanhou. Estava super entusiasmado com o grupo que juntei, e a data estava próxima, mas ainda não é desta que vou. 

Tive Covid há coisa dum mês, e ainda me sinto cansado e com alguma tosse seca. 

Tenho feito algum exercício, mas não tanto o quanto queria, tenho ido ao ginásio com alguma frequência, e até voltei a correr, a ver se lhe dou continuidade, é preciso para manter o espirito vivo. Por vezes o que custa é continuar, mas temos de arranjar extra motivação, essa motivação, somos nós!

Com o Caminho de Santiago "Geira" adiado, não vou ficar parado, mas vou fazer algo mais curto, em quilómetros e dias. 

Há uns anos que ando a ponderar fazer o Caminho do Mar até Fátima. 

Há imensos grupos que vão todos os anos a Fátima, para vos ser sincero, só lá fui uma vez em 2012. E nunca mais me puxou lá regressar. 

Este caminho que quero fazer, serão dois numa só travessia. 

Quero começar em casa e terminá-la lá.

Ir pelo Caminho do Mar e Regressar pelo do Tejo 

Estou a pensar em fazer em quatro dias;

Programa de festas será, sair de casa até Mafra, depois Caldas, Fátima, e casa, ao todo serão quatro dias, será puxado, mas tenho o dia todo para fazer, sem pressas. O último dia é mais rolante, apesar de serem quase 150km, e d+1500, saio mais cedo.

Ainda tenho tempo de conseguir companhia, caso haja, até posso dividir as quatro etapas em cinco, caso contrário, mantenho o plano original, e vou na mesma 

Em termos de bagagem, o mínimo possível, para se ir mais confortável. Em principio mochila, com o quanto baste de roupa, uma muda + calçado, depois duas jerseys e calções. 

E até lá, treinar muito, para se ir mais à vontade. 

Poderão haver sempre contratempos, mas o estar prevenido, é sempre uma mais valia, tanto fisicamente como na parte técnica, há que estar sempre à espera, mas levando a ferramenta adequada,  mais vale um pouco mais de peso, do que no estar em nenhures e ficarmos sem opções.

Protejam-se, e continuação de boas pedaladas

Track Caminho do Mar

Tenho uma lista com alguns locais para pernoita, com desconto para peregrinos/bicigrinos, peçam-me por mensagem, e deixem o vosso e-mail. Terei todo gosto em vos ajudar, tal como me ajudaram

sábado, 16 de outubro de 2021

ÉVORA - CASA

Boas companheiros/as do Pedal

Há muito que queria fazer a travessia dum só dia, Évora a Casa.

Bem, dia 14 Out 2021, foi o dia escolhido. Aparentemente o track que tinha tirado do wikiloc não era muito massacrante, digamos teria 137km com 785D+.

A viagem não seria só esses km, ainda ia sair de casa até à Gare do Oriente para apanhar o Intercidades até ao ponto de partida.
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após a ponte pedonal
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Saí cedinho para chegar com tempo. Ao chegar, acomodei-me no Comboio. E por volta das 07.02, este arrancava. Chegaria a Évora perto das 09h, já era tarde para começar uma travessia destas, mas era o que havia mais cedo.
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Nos entretantos da viagem. O comboio pára, e no exterior, dava para ver pela janela um grande aparato de pessoas a dirigirem-se à linha, estávamos próximos duma passagem de nível.

Achei estranho o tal aparato, depois é que se soube através do revisor que, um passageiro ao sair do comboio com este em andamento, agora não sei se foi antes de parar na paragem, ou depois, só sei que a plataforma não era ali, e ao saltar, este cai na linha e foi uma tragédia, ficou sem uma perna. Horrível!

Já ia chegar tarde com o horário normal, então com uma hora de atraso. Era o que era. 

"Espero que o senhor que caiu na linha, tenha sobrevivido"

Ao chegar a Évora às 10h, ao chegar, preparar tudo e arrancar, primeira paragem Praça Giraldo, Catedral de Évora e depois ao Templo de Diana, para as respetivas fotos da praxe.

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Praça Giraldo
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Catedral
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Templo de Diana
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Ao iniciar a travessia, estava bastante expectante com o que me iria aparecer de percurso. Primeiro tive de sair de Évora, depois algumas estradas secundárias, e dei com a sede dos Btt Malagueira - Amigos do Pedal - Évora 

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O céu estava repleto de aves de rapina. Alguns milhares-reais, muito comuns nesta região. E ao longo do caminho via-se também algumas águias de asa redonda. 

Algures no céu, vi algo que me prendeu mais o olhar, eram duas aves a lutar pelo território aéreo, o que me espantou, foi que uma delas era muito mais pequena, e era essa que fazia as investidas do ataque. 

Pena não ter a máquina para registar tudo o que vi no céu, por um lado ainda bem (ainda estaria no caminho, ehehehehe), e pelo outro, é que terminei no mesmo dia.

O dia estava espetacular, sol, a temperatura ainda não estava quente como apanhei mais à frente, até corria uma brisa fresca. 

E nesta fase inicial muita estrada e estradões de calçada. 
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Ao sair da nacional e ao virar para a estrada que ligava Guadalupe, aí começaram as subidas, creio que era aí que ia apanhar, a maior parte do desnível positivo, e foi mesmo, nos primeiros 20km tens uns 6km sempre a trepar. 

Primeiro em estrada até Guadalupe, depois o restante em terra batida até aos Cromeleques, ainda com passagem pelo desvio ao Menir dos Almendres

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o céu dava-me um espetáculo de cores
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Ao chegar ao Menir, apesar do percurso de gps não ir lá, eu tinha de ir. 

Não estava preocupado com  a hora de chegada, mesmo sendo de noite, o importante era acabar isto e chegar vivo a casa, ehehehe

Voltando ao Menir, o trilho era um singletrack, no inicio até dava para ir de bike, mas depois com grandes drops e cheios de regos profundos, esquece lá isso, cair de forma estupida e com tantos km pela frente, não faziam parte do programa, apesar de estarmos sempre vulneráveis à queda. Costuma-se dizer que  - só não caí quem não pedala, e mesmo assim, eheheheh, às vezes caem 
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o acesso manhoso
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Um km à frente acabava a subida e teria os Cromeleque de Almendres para deslumbrar daquele local encantado e mágico
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Depois da tempestade "subida", vinha a bonança "🤘🤪descida", bem, ia apanhar o primeiro portão, e com um letreiro bem convidativo, Gado Bravo! Só desejei para que não tivesse nenhum encontro de terceiro grau. 
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Até correu bem e fiquei deliciado com a descida, muito calhau solto, regos, raízes, 🤪 é disto que o pessoal do btt gosta, curtir!!
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Todo o cuidado era pouco, a viagem ainda estava no início, uma queda é sempre uma queda, podia condicionar a viagem e quanto mais a solo. 
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adoro isto, travessias assim SIM
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Uns km mais à frente, passei por Giesteira, e achei por bem parar para almoçar. Já eram quase 15h, e sem saber se havia ou não mais localidades próximas optei pelo seguro e parar. 
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Foi uma paragem sensata. Porque nos próximos 60km não havia nada. Depois veio a Ecovia do Montado, muito porreira, no inicio não a identifiquei logo, achei estranho mas logo percebi que era a tal Ecovia.

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Ao longo da ecovia havia alguns locais de repouso, aproveitei e parei para descansar e repor energias. Parava sempre que necessário, a viagem era longa e sem descanso, não conseguiria continuar

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Até que apareceu um modelo muito diferente que se deixou fotografar inúmeras vezes
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Após o merecido descanso e energias repostas com uma bela maçã sumarenta, tinha de continuar, fui até ao fim desta ecovia, ia dar a um apeadeiro ainda em funcionamento, mas aparentava estar em obras, o caminho continuava no outro lado da linha. 

Confesso que estava um pouco nervoso com o atravessar a linha, lógico que olho sempre antes de avançar, mas com o episodio de hoje de manhã, deixou-me bastante apreensivo. 

Já no track e em estrada, mas sem saber se há ou não pontos de água,  e tens daqueles momentos que refletes em tudo. "Só reparei agora que não tirei fotos numa das alturas que estava a quebrar"

A água estava escassa, e há muito que não passava por nenhuma localidade e muito menos um ponto de água, estava a enfraquecer e mais uma vez parei, tomei dois géis de seguida com esperança que o efeito fosse imediato, mas não é. Farto de barras, ataquei a última maçã e que sumarenta , igual a esta! 

Milagrosa, certamente que futuras travessias, estas apetitosas maçãs farão parte da minha bagagem
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"já não sei onde foi, mas de certeza que foi das vistas mais espetaculares da travessia, era um estradão extenso, parecia que nunca mais tinha fim, mas com a Serra da Arrábida no horizonte até dava mais pica de fazer, era um sobe e desce constante, penso que tenha sido muito antes de me cruzar com a estrada que foi dar a Landeira."

Foi difícil pedalar sem água, mas tinha de continuar com todas as forças que me restavam, desistir só mesmo se não desse mais, ou se não encontrasse um ponto de água em breve, e felizmente, nem sei quantos km depois é que avistei casas no horizonte, e mesmo que o caminho não fosse por ali, eu ia para lá, sem dúvida
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Será que era ou não Landeira? Fiquei confuso com as placas, mas sim era Landeira o meu Oásis 
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O track mandava para dentro da localidade, fiquei mais contente, assim não teria de estar a gastar forças, fui à procura duma mercearia ou uma fonte. Uns metros mais à frente encontrei uma fonte mas a torneira sem o manipulo, também não me chateei muito, tirei o alicate que anda sempre na Evoc, e servi-me à vontade, à grande. 

Depois fui à procura duma mercearia e ao encontrar, abasteci-me de fruta, e siga que já se fazia tarde. 

Ao sair de Landeira, ainda fiz uns km em estrada até novamente a um estradão, e ainda estava muito longe do Barreiro, aí, acho que foi uma grande prova de superação, ainda mais a solo, parecia que nunca mais terminava, o dia sim estava acabar, a luz do dia tinha minutos para desaparecer e se instalar a noite, não estava muito preocupado com isso, só pensava em chegar ao Barreiro, e depois o Barco, mas até lá ainda ia penar muito, e penei.
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estradões intermináveis 
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o meu ar de desespero, irra que isto nunca mais acaba

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depois tive esta recompensa!
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fiquei tão feliz ao ver esta placa, estava a menos de 15km dos barcos
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Inicialmente quando vi o percurso GPX, Évora - Moita

O percurso original acaba na Moita, mas como fui para Lisboa, tinha de acrescentar um troço e acabar na Estação fluvial do Barreiro, assim o fiz, mas que trapalhada no terreno, houve inúmeras vezes que tive de andar às voltas, e que atrofio, nunca pensei que o Barreiro fosse tão grande, parei imensas vezes para ver onde era o caminho certo, e lá dei com ele, e finalmente estava na estação fluvial.

Mais uma vez fui-me abastecer, estava com uma sede e fomeca

Quando menos esperamos é quando as coisas acontecem, estava sentado a comer algo e aparece-me à frente um amigo de longa data.
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Lá estamos nós!
TOP TOP TOP
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A travessia de barco demorou uns 25min, pelo menos era o que dizia, durante esse tempo foi só galhofa, sem nos vermos há mais de 25 anos, e ainda há tanto para pôr em dia. Estive com Ele mais um pouco no Terreiro do Paço, aproveitei para descansar um pouco mais e ganhar coragem para os km finais.
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finalmente em casa
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A DIFERENÇA DE KM ENTRE LOCALIDADES - 1ª
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E A  2ª - MAIS DE 60KM 
LEVEM BASTANTE ÁGUA SE FOREM FAZER ESTE TRACK!!
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FOI UM PERCURSO MUITO DURO. 

TUDO CONTA, LEVANTEI-ME ÀS 05H00 PARA FAZER ESTA TRAVESSIA, E CHEGUEI A
CASA ÀS 23H30, NÃO FOI BRINCADEIRA! 

OS KM PERCORRIDOS 167.95

A PAUSA ENTRE LISBOA E ÉVORA

TUDO CONTA

DIVERSOS PISOS

TEMPERATURA/ CONDIÇÃO ATMOSFÉRICA

NÃO ME ESTOU A QUEIXAR

SIMPLEMENTE, ESTOU-VOS A CONTAR O QUE VIVI

FOI SEM DÚVIDA, UM GRANDE TESTE DE SUPERAÇÃO,

SÓ DEUS SABE, O QUE SOFRI!

MAS, VALEU A PENA!

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GRATO A QUEM ESTEVE DESSE LADO(TLM), E ME DEU FORÇA!
💪💗👍

FiM