domingo, 2 de junho de 2019

3ª ETAPA - ROTA VICENTINA "LAGOS"

Olá
caros companheiros do pedal

Esta terceira etapa seria a mais longa de toda a Rota, iríamos fazer aproximadamente 120 quilómetros. Odeceixe ao Cabo São Vicente, onde se encontra o Km 0. Depois prosseguimos para Sagres onde almoçámos, e por fim, lutar contra o vento de frente na recta de X quilómetros até à Vila do Bispo.

Às 06h00 alvorada, tudo fora das camas, tudo pronto para se iniciar a última etapa da Vicentina. Tudo pronto, após de termos posto o óleo Squirt nas correntes, bazamos ou ficamos?

-
BAZÁMOS!

GPS ligados e foi só seguir o track, direcção praia de Odeceixe, um pequeno desvio para cima, e lá começou a sessão fotográfica. Estava uma manhã fantástica. 


Após a sessão terminada, prosseguimos caminho.

Primeiros quilómetros sempre junto aos canais, depois um ou outro desvio, passámos à frente do parque de campismo do Serrão.


Mais um pouco de estradão e siga uma mega descida até às entrada de Aljezur. 

Aí subimos até ao castelo, onde se fez a primeira paragem da etapa. Alguém tinha consumido uns géis e deram-lhe volta aos intestinos, ir pesado é que não, mais vale largar lastro 

LARGÁMOS TODOS

Lá fomos nós um pouco mais leves ehehehe, um pouco de estrada, até entrar novamente em trilho, depois for i quase sempre a rolar até à Carrapateira. Aí parámos para reabastecer água, e reforçar o estômago.


Ao voltar à rota, entrámos finalmente na parte mais bonita  e dura de toda a etapa. Litoral, falésias até perder a vista, e no horizonte, não sei se era ou não o Cabo São Vicente, o nosso destino final da Rota Vicentina, digo isto, porque ainda íamos para Lagos.

-
CARRAPATEIRA NO HORIZONTE

A partir daqui, foi parar constantemente para fotografar, só mudávamos de spot, agora aqui, depois ali e acolá, devemos ter perdido mais de 30m nisto, mas também faz parte.

-
RICARDO'S
-
SObRE.PT EM PESO - #STEELISREAL

Após os mil e um disparos com os telemóveis, lá prosseguimos com o que tínhamos iniciado há dois dias.


Finalmente começaríamos com as picadas, sobe aqui tudo o que há para subir e desce tudo o que há para descer, basicamente foi assim durante umas duas horas, e que paisagens nós deslumbrámos.


Como disse anteriormente, foi um constante sobe e desce, descemos muito como subimos. O calor já se fazia sentir e bem. Havia uma descida que desde da primeira vez que aqui passei, fiquei com o desejo de tentar, mas só mesmo tentar, com o piso neste estado, muita pedra solta, para mim é impossivel de descer.


"Tu que ficas no sofá, ou na praia, nunca irás saber do que falo, tens de sair de casa. Calça uns sapatos, botas, pega num bastão e vai caminhar, e aí sim, consegues ter uma percepção daquilo que falo."

Tive a minha oportunidade de tentar algo tão desejado.

Sei que desço muito trilho difícil, e estou muito mais à vontade a descer, mas esta, é impossivel, e não há condições de fazê-la em segurança. Saber desistir também é uma vitória, aqui nem estava a questão do orgulho, era só mesmo curiosidade, seis anos depois, a minha evolução é tremenda.

A seguir à tempestade vem sempre a bonança, aqui não havia bonança, só mesmo uns quilómetros mais à frente, onde descemos uns bons dois ou três quilómetros e aí, nem paciência houve para pôr a GoPro a gravar, nem tirar fotos, o desejo de sair da zona parte pernas era enorme.

Quando acabámos essa mega descida, houve um momento hilariante, cruzámo-nos com um grupo de motas de enduro, e um de nós, vira-se para um deles, e pergunta se quer trocar com a bicicleta, Este responde, se tiveres uma corda ainda te puxo, e ficou por ali, e seguimos caminho.


Passado uns 5m, o mesmo que tinha falado da corda, passa por nós em cavalo, sem o motor ir em esforço, rimo-nos tanto com a situação, jamais no esqueceremos, estou certo disso.

Praia do Amado já estava perto, traduzo a satisfação, após esta praia, seria a última mega subida, daquelas que nos tiravam o fôlego todo. E com o calor que estava, o martírio estava acabar.



-
VISTA FANTÁSTICA 
-
DESCIDA PARA A PRAIA DO AMADO


Chegando à praia, tínhamos pela frente a última parede da Rota Vicentina, após, era sempre a rolar até Sagres, e ao Cabo São Vicente.

-
VENTO NAS COSTAS NÃO É TODOS OS DIAS
HÁ QUE APROVEITAR
-
(MEGA RECTA)
-
CHEGADA AO KM 0

-
DESCANSO DO CAVALEIRO-MOR

Rota Vicentina terminada com sucesso, avarias zero, e problemas físicos também, mas ainda não tinha terminado, íamos para Lagos, ainda faltavam 35 km, para se poder descansar finalmente. Neste momento, só queríamos chegar ao centro de Sagres e almoçar, repor energias.


-
FIM

OBRIGADO AOS COMPANHEIROS DE VIAGEM
VENHAM MAIS ASSIM

Sem comentários:

Enviar um comentário